terça-feira, 1 de maio de 2012

Whiskytorio Bar



Um bom e inesperado achado. Isso resume nossa resenha da vez.

O Whiskytorio é um bar/boteco relativamente escondido e próximo à estação Paraíso do metrô. Nosso objetivo sequer era visita-lo. Mas quando passamos pela esquina e vimos aquele simpático boteco, imediatamente mudamos de rota e resolvemos conferir.


Chegamos e fomos bem atendidos, mesinha na calçada e Brahma (R$ 6,00) gelada no copo. Mesmo sendo pequeno, o bar parecia ter a medida certa de mesas, dado que é um típico boteco de bairro.


A decoração e o ambiente são muito bem construídos, considerando a simplicidade do local. Uma grande variedade de pimentas e conservas no balcão, garrafas e quinquilharias nas prateleiras e fotos preto e branco de artistas dão um ar meio retro e de mistério. Parte disso tem explicação: o dono do bar é casado com uma das filhas do Zé do Caixão[1]!


Resolvemos então conferir os petiscos do bar e aqui a equipe do Prosa ficou dividida. A semente de abóbora estava um tanto quanto salgada e o picles em conserva estava com um gosto duvidoso. Ao menos a cebola em conserva com louro, cravo e um outro tempero que não identifiquei estava show de bola. Mesmo assim os petiscos provados não eram condizentes com seus preços nem com o tamanho das porções.


Quem frequenta sabe que todo boteco tem seu figura. No caso do Whiskytorio poderíamos fazer uma resenha inteira dedicada ao figura do boteco, o seu Cildes (Popeye)!


Seu Cildes na verdade é o locatário do estabelecimento e mora nos quartos de cima. Seu Cildes alega ter sido um advogado durante o governo Jânio Quadros, e como advogado que é começou a argumentar em favor da legalização das drogas, com ênfase no “baseado”. As más línguas dizem que ele faz uso de entorpecentes empedrados, porém sua figura e aparência não sugeriam tal prática.

Nesse momento, já tomando sua vodka com Fanta uva, Seu Cildes bradou: “eu vou escrever uma carta a nível mundial para a ONU, porque eu escrevo muito bem, solicitando a legalização das drogas”.

Com essas sábias palavras Seu Cildes se retirou em direção ao seu quarto e nós nos retiramos do Whiskytorio. E em nossa próxima visita, a primeira coisa que faremos é cobrar de Seu Cildes a carta legalizadora para a ONU.


Atendimento: 9

Só não vamos dar nota 10 porque sempre há algo a melhorar. Cerva gelada sempre reposta e porções rápidas. A baixa quantidade de mesas facilita.

Ambiente: 9

Decoração bacana e um providencial toldo para a garoa paulistana. Simples e eficiente. Meninas, a julgar pelo banheiro masculino vocês não enfrentarão maiores problemas.

Conveniência: 9

Próximo ao metrô Paraíso e cheio de vagas na rua. Não tem nem flanelinha enchendo o saco. O horário também é muito favorável: abre às 21hs e só fecha depois das 02 da manhã.

Música: 9

Kiss FM. Rock and Roll, baby!

Comidas: 5

Essa foi a decepção do bar. Conforme relatado, das porções pedidas a porção de cebolinha em conserva foi a melhor. A semente de abóbora e o picles mereceram notas abaixo de 5. Mesmo assim os preços (entre R$7 e R$10) cobrados poderiam render porções maiores.

Bebidas: 8

Não tinha cervejas especiais, algo que seria oportuno ao tipo de bar. Brahma a R$6 é justo para a região.

Custo/Benefício: 7,5

O preço da cerveja responde pela maior parte do custo benefício. É um bar pra beber e ponto. E para trocar uma ideia com o Seu Cildes! Só aceita débito, e aí não tem como não impactar o custo benefício que facilmente poderia ser maior.

Whiskytorio Bar
Rua Do Paraíso, 548Paraíso
(11) 8909 4628

Um comentário:

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