Um bom e inesperado achado. Isso resume nossa resenha da vez.
O Whiskytorio é um bar/boteco relativamente escondido e próximo
à estação Paraíso do metrô. Nosso objetivo sequer era visita-lo. Mas quando
passamos pela esquina e vimos aquele simpático boteco, imediatamente mudamos de
rota e resolvemos conferir.
Chegamos e fomos bem atendidos, mesinha na calçada e Brahma
(R$ 6,00) gelada no copo. Mesmo sendo pequeno, o bar parecia ter a medida certa
de mesas, dado que é um típico boteco de bairro.
A decoração e o ambiente são muito bem construídos,
considerando a simplicidade do local. Uma grande variedade de pimentas e conservas
no balcão, garrafas e quinquilharias nas prateleiras e fotos preto e branco de
artistas dão um ar meio retro e de mistério. Parte disso tem explicação: o dono
do bar é casado com uma das filhas do Zé do Caixão[1]!
Resolvemos então conferir os petiscos do bar e aqui a equipe do
Prosa ficou dividida. A semente de abóbora estava um tanto quanto salgada e o picles
em conserva estava com um gosto duvidoso. Ao menos a cebola em conserva com
louro, cravo e um outro tempero que não identifiquei estava show de bola. Mesmo
assim os petiscos provados não eram condizentes com seus preços nem com o
tamanho das porções.
Quem frequenta sabe que todo boteco tem seu figura. No caso do
Whiskytorio poderíamos fazer uma resenha inteira dedicada ao figura do boteco,
o seu Cildes (Popeye)!
Seu Cildes na verdade é o locatário do estabelecimento e mora
nos quartos de cima. Seu Cildes alega ter sido um advogado durante o governo Jânio
Quadros, e como advogado que é começou a argumentar em favor da legalização das
drogas, com ênfase no “baseado”. As más línguas dizem que ele faz uso de
entorpecentes empedrados, porém sua figura e aparência não sugeriam tal
prática.
Nesse momento, já tomando sua vodka com Fanta uva, Seu Cildes
bradou: “eu vou escrever uma carta a
nível mundial para a ONU, porque eu escrevo muito bem, solicitando a
legalização das drogas”.
Com essas sábias palavras Seu Cildes se retirou em direção ao
seu quarto e nós nos retiramos do Whiskytorio. E em nossa próxima visita, a
primeira coisa que faremos é cobrar de Seu Cildes a carta legalizadora para a
ONU.
Atendimento: 9
Só não vamos dar nota 10 porque sempre há algo a melhorar.
Cerva gelada sempre reposta e porções rápidas. A baixa quantidade de mesas
facilita.
Ambiente: 9
Decoração bacana e um providencial toldo para a garoa
paulistana. Simples e eficiente. Meninas, a julgar pelo banheiro masculino
vocês não enfrentarão maiores problemas.
Conveniência: 9
Próximo ao metrô Paraíso e cheio de vagas na rua. Não tem nem
flanelinha enchendo o saco. O horário também é muito favorável: abre às 21hs e só fecha depois das 02 da
manhã.
Música: 9
Kiss FM. Rock
and Roll, baby!
Comidas: 5
Essa foi a decepção do bar. Conforme relatado, das porções
pedidas a porção de cebolinha em conserva foi a melhor. A semente de abóbora e
o picles mereceram notas abaixo de 5. Mesmo assim os preços (entre R$7 e R$10)
cobrados poderiam render porções maiores.
Bebidas: 8
Não tinha cervejas especiais, algo que seria oportuno ao tipo de bar. Brahma a R$6 é
justo para a região.
Custo/Benefício: 7,5
O preço da cerveja responde pela maior parte do custo
benefício. É um bar pra beber e ponto. E para trocar uma ideia com o Seu
Cildes! Só aceita débito, e aí não tem
como não impactar o custo benefício que facilmente poderia ser maior.
Whiskytorio Bar
Rua Do Paraíso, 548 – Paraíso
(11) 8909 4628
Demais!
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