Depois de algum tempo resenhando Campinas, o Prosa volta a São Paulo para conferir mais um local bem conceituado no circuito de petiscos de buteco, o Famoso Bar do Justo.
O bar fica em Santana, zona norte paulistana, perto do metrô. Saindo da zona sul você leva cerca de quarenta minutos na linha azul, mas considerando padrões paulistanos de deslocamento isto não é lá assustador.
O ambiente é simples, muitas mesas na calçada e algumas televisões lá dentro para o futebol. O público consiste em moradores do bairro, sejam eles casais, famílias ou turmas de amigos. E não podemos deixar de mencionar todo o pessoal que passa de carro para comprar os petiscos e levar para casa comer. Até coxinhas vinham comer coxinhas, se é que me entendem.
Escolhemos o Justo após lermos resenhas que apontavam pela originalidade dos petiscos criados, incluso aqueles feitos para o concurso Comida di Boteco. E esta foi nossa sorte, pois o Justo é um daqueles lugares em que os melhores petiscos não estão no cardápio. Sequer o balde de Brahmas promocional (R$ 7) estava anunciado no cardápio – estava riscado numa lousinha na parede - então pedimos Serra Malte (R$ 9,80) para começar.
Começou então o rodízio de petiscos, novamente não anunciado no cardápio. E foi necessário um tutorial do garçom, explicando que ele era opcional e os “preços médios” (R$ 5 a 10) dos petiscos. Bom, superadas as adversidades informacionais, aí o jogo virou ao nosso favor.
Churrasquinhos no espeto, coxinha de pernil e a almondega de filé mignon com cebola foram os primeiros testes. A carne da almondega estava no ponto e a coxinha vinha com massa de batata e bastante recheio.
Mas as estrelas da noite estavam por vir. A coxinha de costela, terceira colocada no CdB de 2013, foi preparada na hora e fez a alegria do pessoal. O escondidinho de pernil no doritos foi pedido no kit com a coxinha de costela, e mistura de fritura, catupiry e carne faz você sorrir e suas veias chorarem.
Por fim resolvemos avaliar a caipirinha de frutas, mais uma que não estava no cardápio. Servida num copo de suco, mas relativamente fino, foi pedida com cachaça e vinha com abundantes pedaços de kiwi e morango. Boa, mas nada ainda chega perto das caipirinhas do Veloso (uma resenha que vem sendo adiada, pois queremos fazer mais uma "prosa" antes).
Pedimos ainda aos garçons uma saideira, e os caras fizeram cú doce para os novatos do bar. Coisa feia, em! Hora da dolorosa e de mais quarenta minutos de trem para passar o efeito da bebedeira.
Nas andanças do prosa já fomos mais bem atendidos. Não que os garçons não fossem cordiais, mas os caras tinham que explicar como funciona a casa para quem não conhece. Dar migué na saideira falando que o bar já tinha a “promoção do balde” foi feio.
Ambiente: 7,5
Decoração interna com alguns escudos de clubes de futebol e uma camiseta do curintia. Nada inusitado.
Conveniência: 7,5
Fica perto de um metrô. Mas é um metrô longe da área central. E se você não mora na região, nem pense em vir de carro, pois terá que atravessar a marginal Tietê e de quebra pegar o transito perto da rodoviária.
Música: Não Tem
Comidas: 9,5
É o atrativo do bar. Muitos petiscos diferentes, e você tem que saber previamente os que não estão no cardápio (incluem-se ali os que participaram de concursos). Do que está em cardápio temos lanches, assados, porções tradicionais e algumas porções mais alternativas, como chouriço e moela. Menção honrosa ao bolinho de bacalhau que não provamos no rodízio, mas tinha tamanho e cheiro muito convidativos.
Bebidas: 7,5
Comerciais tradicionais e comerciais premium, mas a preços que poderiam ser melhores. O mesmo vale para a caipirinha.
Custo/Benefício: 7,5
Sabe aquele jogador que joga bem alguns jogos, ganha fama e começa a valorizar o passe? O Bar do Justo cai bem nessa definição. Para um bar afastado da região central a questão custo está um pouco acima da questão benefício, principalmente nas bebidas. Sorte de quem mora lá perto, que pode pegar os ótimos quitutes na versão delivery. Passa VR.
Fotos da rodada cortesia de Diego “Vareta”, aquele ali do lado da japinha.
Famoso Bar do Justo
Rua Alferes Magalhães, 25/29
São Paulo/SP
Segunda a Domingo: 18h às 03h
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