Bar Léo

Um clássico da capital paulista, um dos mais antigos bares em funcionamento na cidade, enfim, chegou à avaliação do Prosa. E numa Segunda-feira chuvosa, convidei Hotz a conhecer esse grande amor que tenho no bairro da Luz.

Após um breve período fechado, ocasionado por uma infeliz interdição do bar por adulteração no chopp, o bar voltou sem novidades. O tradicional chopp brahma, agora legítimo, continua o mais gelado da cidade e tirado de maneira majestosa por seus balconistas. O cardápio, com suas influências ítalo-germânicas, permanece incisivo e com preço levemente salgado.

Cheguei ao bar e já encontrei o proletário com um sorriso no rosto de quem havia sacado seu seguro-desemprego pronto para gasta-lo. Pegamos uma mesinha logo na entrada do bar, que tem decoração rústica e remete às tavernas europeias, mas com ares paulistanos marcados pelos distintivos de clubes expostos atrás do balcão democraticamente. Porém, percebe-se, através do aviso de horário de funcionamento do bar, que ali é Corinthians, já que não abre aos domingos devido aos jogos do Coringão.

Era horário de almoço e há opções de pratos que se revezam diariamente, porém pedimos canapé. A grande estrela do Léo é feita da mesma maneira há mais de 50 anos e se chama Hachapeter – canapé de carne crua (filé mignon) com picles, mostarda alemã, alcaparra, gema de ovo para dar liga, mais alguns condimentos, servidos em pãozinho cortado com mais picles, azeitona e parmesão em lascas. Na primeira vez que comi, pedi no pão francês, e fica a dica do Prosa, faça o mesmo! Nessa visita resolvi pedir no pão preto e me decepcionei. Esperava um pão artesanal ou alguma coisa mais especial do que o wickbold que foi servido.

Percebemos que estávamos excedendo o limite da grana e resolvemos pedir a conta e o resultado após 12 chopps e um canapé cada, mais serviço foi de quase 100 reais por pessoa. Como eu disse, preço levemente salgado, porém, muito atenciosos, nos deram uma saideira, que acabou servindo um pouco como analgésico para a facada (tá, nem tanto, bebemos bem).

Ah! Só pra confirmar quanto o bar é antigo e tradicional, o garçom mais antigo da casa trabalha lá há uns 50 anos e tem mais de 90. Não é pra se sentir nos tempos gloriosos e boêmios do bairro da Luz? Pois é! Mas agora que o bairro já não é mais aquela coisa, vale salientar que o bar fecha cedo.

Atendimento: 9

É daquele jeito: copo esvazia e já tem outro chopp gelado na sua mesa! O bar não estava cheio, mas de fim de tarde e no sábado na hora do almoço fica um pouco complicado pra ser atendido, já que o bar fica abarrotado de gente.

Ambiente: 8

Ótimo! Lugar agradável, banheiros sempre limpos, mesinhas pra ficar em pé do lado de fora, decoração bacana!

Conveniência: 7

É centro, porém é do lado da Santa Ifigênia e está localizado numa parte muito degradada. Mas pra chegar de metro é fácil, difícil mesmo é parar o carro na rua. Estacionamentos estão por toda parte.

Música: - 

Comidas: 8

Só fomos no canapé e, apesar do pão, estava uma delícia, ouvi falar que os pratos são muito bons.

Bebidas: 10

Chopp trincando. Havia schnapps  e algumas cachaças que chamaram atenção, mas como a grana tava curta não pedimos.

Custo/Benefício: 7

É um daqueles lugares que entra no coração da pessoa e não sai mais. É meio caro, mas se a emoção de comer um hachapeter falar mais alto, vale a pena!

Bar Léo

Rua Aurora, 100, Santa Ifigênia, São Paulo, SP.

Horário de funcionamento (copiado do site)

De segunda a sexta das 11h às 21h00. Sábado das 10h às 18h00.

Aos domingos ??? O CORINTHIANS JOGA !!!

Telefone: 3221-0247

www.barleo.com.br