Depois de 1 ano morando em São Paulo, finalmente tomei vergonha na cara e fui conhecer esse restaurante que é a um dos responsáveis por levar a “baixa gastronomia” às capas de revistas especializadas. Sempre com um pé atrás, e com a sensação de “ah, não é possível que seja tudo isso”, fui adiando essa visita, que pra mim foi uma das mais agradáveis experiências desde que cheguei á megalópole.
Sexta-feira, um dia que naturalmente justifica a quebra de promessas de ano-novo, fomos encher o caneco e entupir nossas artéreas com os já famosos petiscos e pratos do chef Rodrigo Oliveira. Mas para se para ganhar é preciso perder, a viagem já justifica o ditado: na sexta, ás 17 hrs atravessar a cidade até a Zona Norte não é tarefa fácil, e inteligentemente fomos de metrô até a estação Tucuruvi e depois pegamos um taxi, que dividido em 3 ficou baratinho.
A faxada do restaurante já dava o recado: sem frescura. Quem passa distraído passa reto, pois de longe parece um botecão desses de bairro, e acho que nunca foi a intenção dos proprietários mudar essa imagem, e talvez um de seus trunfos.
Em um ambiente descontraído, com garçons jovens, bem-dispostos e atenciosos, as cervejas eram repostas com agilidade, porém a Original (R$6,90) estava quente, corretamente avisado pelo garçom, e a Itaipava Premium (R$6,90) estava apenas bebível, e foi melhorando durante a noite. Fato não perdoável, ainda era começo da noite e o bar estava ainda vazio. Falta grave.
Tudo isso foi esquecido com a chegada dos petiscos, aí sim vimos porquê um boteco situado na casa del carajo conseguiu fazer tanto sucesso! Primeiro torresminho (R$9,90) crocante, sequinho, previamente frito, morno, mas ainda sim, muito bem feito. Depois o Caldo de Mocotó (R$6,90), com aquela farinha de mandioca (toda mesa tem um pote pra se servir), demais.
Não tinha fim, as porções são servidas em 5 tamanhos diferentes, assim se você pedir da menor, pode degustar vários pratos, sem gastar uma fortuna, e nem desperdiçar comida, oque está sempre fora de cogitação para um botequeiro.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8SsUbGB6WsPcqPIOlqWTivfGF4_xLLVM5R0ddvXaFOmtKx_ncSUu5kkKTy_A-U90m8Lgulfc58v1bmsabjpOgGIxsaM5gxWsCtFF7gQAS0i7a3SyK0kXcsYGJOFTR5_vGK0yJlGpzw39n/s320/asinha.jpg)
São raros restaurantes que cumprem a risca tudo oque se espera, ainda mais com todo esse escândalo causado pela mídia, porém, o Mocotó realmente é tudo isso que falam, ou são que pagos para falar.
* Não se esqueça de provar alguns itens da Carta de Cachaças, pedimos uma do Rio Grande do Sul (??) e era sensacional, pergunte para o garçom que ele sabe qual é, por que eu mesmo sofri de uma leve amnésia após algumas doses.
Conveniência: 5
Não é missão impossível chegar, mas a acessibilidade é um pouco complicada, ir de transporte público é uma boa alternativa, dessa forma não tivemos nenhum problema. Possui valet.
Música: -
Não há música ao vivo, se teve música ambiente era imperceptível.
Ambiente: 8
Muito aconchegante, decorado e empolgante, um pouco quente na área interna, porém muito bom na área da sacada.
Comida: 9,5
Muito, mas muito boa. Se o torresmo fosse frito na hora, seria notal mil.
Bebidas: 5
Cerveja quente não dá. Não acredito que seja algo recorrente, e a cachaça do RS foi uma ótima sugestão do garçom.
Atendimento: 9
Muito bom, agilidade e sorriso na cara.
Custo/Benefício: 10
Tomamos um caminhão de cervejas e comemos até rolar, saímos rastejando do local e no final deu menos de R$40 pra cada, ridículo.
* Na falta de fotos, emprestei do blog http://gastronomiaefotografia.blogspot.com muito bom por sinal!
Restaurante e Cachaçaria
Fone: (0xx11) 2951-3056
contato@mocoto.com.br
Horários:
Segunda à sábado das 12 às 23h
Domingos e feriados das 12 às 17h
Av Nossa senhora do Loreto, 1100
Vila Medeiros - São Paulo - SP
http://www.mocoto.com.br/
excelente jackao!!!
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