Uma joia encravada no
alto da Lapa. Isso resume bem o Lewis bar, um legítimo boteco de bairro!
Num feriado cujo clima
era tipicamente paulistano - frio e garoa fina – eu e Jaka tínhamos uma missão
um tanto quanto digesta: visitar o
maior número possível de bares participantes do evento Comida di Buteco
(inspiração óbvia do Prosa di Boteco). Nossa região escolhida foi a Lapa, com
proximidade da Avenida Pompéia, devido a concentração de ao menos 5 botecos
participantes.
Após diversas
baldeações, conduções e rumos errados, finalmente conseguimos chegar. O boteco
fica na esquina da rua Crasso com a rua Faustolo, próxima a estação Água Branca
da linha Rubi da CPTM. Logo ao seu lado já havia outro de nossos alvos, o Aperitivos
Valadares, porém esse estava fechado.
O Lewis é como vocês
podem ver nas fotos. Simplicidade total. Não há testeira nem nada. Algumas
mesinhas na calçada, algumas mesas internas e o clássico balcão.
Chegamos e fomos bem
atendidos. Ambos com fome, não tivemos dúvidas: logo de cara já pedimos a anunciada
porção de panceta (R$19,00). Para acompanhar, uma Serra Malte (R$ 7,00), muito
embora a Brahma estivesse a módicos R$5,50.
Este resenhista é um
declarado fã de panceta, e a porção gerou uma grande expectativa. E nada melhor
quando a expectativa é superada! A travessa de porco tostado era uma senhora
porção, acompanhando uma pimentinha e uma maionese com pimenta. A pimenta era
forte o suficiente para cortar a gordura da panceta, porém fraca o suficiente
para ser palatável até para os menos entusiastas como eu. A panceta estava
sequinha (no ponto em que a gordura só dá gosto), e com um limãozinho se torna
irresistível...
A porção era
simplesmente interminável, tanto que dois trogloditas esfomeados demoraram mais
de 1h30 para dar cabo. Para acompanhar nossa saga em meio ao filé de barriga de porco,
pedimos também cachaças da reserva da casa (R$6,00). Experimentamos a
tradicional e uma com frutas vermelhas (esta foi ideia do Jaka, que fique bem
claro). Gostosas, sendo que a segunda mais parecia um licor. Mas nas próprias
visitas do Prosa já vimos melhores.
Cachachinha e torresminho, comidas prediletas!
Como planejamos
diversas visitas no mesmo dia, não pudemos explorar mais o cardápio, o que foi
uma pena. Mas esse boteco certamente merece um replay!
Atendimento: 9
Só não ganha 10 porque
somos chatos. Cerveja sempre reposta na hora certa e garçons e garçonetes
simpáticos e eficientes. A porção demorou mais que o previsto, mas
provavelmente por questões técnicas.
Ambiente: 8
Simplicidade é a norma
aqui. Pequeno mas comporta uma mesa na calçada com bastante gente. Possuía o
toldo providencial para a garoa paulistana. Meninas, se o banheiro masculino
era mais limpo que o daqui de casa, podem ficar tranquilas.
Conveniência: 4
Esse realmente é o
ponto fraco, a menos que você more na região. Saindo da linha azul do metrô
você tem que baldear na Sé e depois baldear para a linha Rubi da CPTM na Barra
Funda. Isso tudo para descer na estação Água Branca e andar uns 10 minutos.
Esse é o caminho mais fácil sem pegar ônibus – óbvio que erramos alguns passos e demorarmos
muito pra chegar. Se for de carro, prepare-se para procurar vagas, porque não
há valet. De noite, não conte com a linha de trem, a não ser que você tenha sangue
frio para passar pela região.
Música: 6
Só vou preencher
porque tinha rádio ligada. Som baixo e não incomodava ninguém.
Comidas: 10
A porção de panceta
era foda. Ponto. O cardápio tinha coisas interessantes como rã frita, mas não
pudemos aproveitar devido ao tempo limitado. Além de comida de boteco, tinha
almoço comercial regular e lanches.
Bebidas: 8,5
Não tinha cervejas especiais, mas a cerva sempre esteve gelada e a Brahma era módicos R$5,50. Tem
cachachinhas.
Custo/Benefício: 8,5
É foda chegar, mas é
fácil curtir. Passa visa-vale. Simplicidade com bom gosto!
Lewis Bar
Endereço: Rua Crasso, 140, Vila Romana
Telefone: (11) 38643207
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