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Sim! O Prosa voltou com resenhas novas! E está de casa nova, agora que este membro da equipe que vos escreve resolveu se aventurar pelos morros e selvas cariocas.
Vamos ao que interessa. O Prosa volta diretamente com uma joia da baixa gastronomia incrustrada na Zona Norte do Rio, o Cachambeer.
Um adendo aos que não entendem nada sobre o Rio. Trata-se de uma cidade relativamente segregada, na qual a locomoção da Zona Sul (zona praiana) para a Zona Norte não é das mais fáceis. Mesmo com o metrô e os trens a distancia é grande e leva-se mais de uma hora, dependendo de quão longe se desloca.
Esse resenhista tem sua base no início da Zona Norte, na Tijuca. Isso faz diferença, pois a conveniência de um local no Rio de Janeiro é mais sensível à localização do que em outras cidades já resenhadas.
Saindo da Tijuca, em 30 minutos é possível chegar de ônibus ao bairro do Cachambi (caso não haja transito – o tempo é quase semelhante para carros). Assim como bairros vizinhos da Zona Norte do Rio, o Cachambi é um bairro de classe média, mas com um jeitão interiorano.
Saindo do ônibus, é necessário encarar uma das inclinadas ladeiras da região para depois descê-la e cair na rua Cachambi, aonde se localiza o glorioso.
Como vocês podem ver, o bar é completamente low profile. Não há grandes anúncios, apenas as mesinhas tímidas na varanda e as costelas no bafo assando na calçada.
Trata-se de um bar/restaurante de bairro, frequentado pelos locais e alguns aventureiros da Zona Sul que ouviram sobre sua fama (este resenhista ouviu pessoas conversando que vieram por indicação).
Chegando num sábado ao meio dia, pudemos escolher o local para sentar. O espaço interno é relativamente grande, cabendo algo em torno de 50 pessoas. Vale ressaltar que até às 14 horas o bar estava tomado.
Sendo essa a primeira resenha carioca, temos que avisar. O atendimento no Rio de Janeiro é notoriamente uma porcaria quando comparado a São Paulo. Considerando que partimos de uma base baixa, o garçom com uma demora já esperada trouxe o cardápio e prestou o atendimento.
O cardápio do Cachambeer é uma verdadeira ode à baixa gastronomia. Tábuas e mais tábuas com delícias cheias de colesterol e sustança, tais como costela no bafo, cordeiro desfiado, língua, panceta, fígado, carne seca com aipim e por aí vai. É coisa de quem entende do riscado.
Sem titubear já pedimos uma tábua Linguaruda (R$ 34) e um balde de Budweiser (R$ 6 a long neck). Mete em cima, mete embaixo, depois de quase meia hora vimos o resultado.
E que resultado, amigos e amigas!
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A tábua dava tranquilamente para duas pessoas, servindo de refeição. A composição? Essa aí mesmo do cardápio e da foto – paio de linguiça, iscas de fígado, jiló com maionese, língua fritinha e uma farofinha para jogar em cima. Quer coisa mais linda?
A língua que deveria ser a estrela veio bem gostosa. Mas ela foi completamente ofuscada pelo jiló e pela isca de fígado. A pimentinha da casa era relativamente forte, mas acrescentava sabor. Simplesmente sensacional a tábua. Se a qualidade e a fartura se mantiverem assim nas demais tábuas, é jogo ganho...
O calor na Zona Norte do Rio era lancinante. Agora imagine a situação do resenhista após comer sozinho essa deliciosa bomba calórica, descer algumas cervejinhas e ter que caminhar 2km para um compromisso? Foi desumano, porém foi necessário pedir a dolorosa em condições adversas.
O Cachambeer tem um cardápio gastronômico de ouro com preços a princípio honestos. Chupa Zona Sul. Chupa Barra. Sem mais.
Atendimento: 7
Conforme falamos, todo atendimento no Rio é fraco. Parece que servir um cliente é uma vergonha aqui. Ainda sim, considerando o padrão de comparação paulista, tudo correu bem.
Ambiente: 7
Low profile total. De dia, diversas famílias almoçando, assim como casais e grupos de amigos. As mesinhas na varanda são a melhor pedida, pois não há ar condicionado – o que é uma sentença de morte no calor da Zona Norte carioca.
Conveniência: 5
Não é tão fácil chegar à joia. A estação de trem do Meier é a mais próxima, caso não venha de ônibus. Ainda sim, vai ter que andar e estar sujeito a alguma ladeira ultra inclinada. Ao menos a rua tem jeitão de interior e é possível parar o carro (caso opte). O ponto central é o seguinte: esse bar não é para frescos e baitolas. Se for cheio de frescuras e não quiser se deslocar bastante caso for da Zona Sul, fique em casa.
Comidas: 10
Tem como colocar 11? Veja só o cardápio, as fotos e tudo que escrevi.
Bebidas: 4
Ponto fraco. Balde com long neck custando 6 reais é coisa de balada. Opções fracas – apenas long necks de Stella, Bohemia, Budweiser e Caracu. Poxa, vamos trabalhar isso! Garrafas de Orginal e Serra Malte pra ontem, E se tivessem cervejas especiais para harmonização seria o paraíso. Possuem uma carta de cachachinhas mineiras.
Custo Benefício: 8,5
Comida ótima que faz tudo valer a pena seria o resumo do Cachambeer. Se você aprecia baixa gastronomia, você TEM que vir aqui. Uma pena ter que dar uma nota mais baixa pela presepada da cerveja. Consertem isso e poderão ter o melhor bar do Rio – cobramos mais de quem pode entregar mais.
Rua Cachambi,nº 475 - Cachambi
Rio de Janeiro - RJ
3ª a sexta - 17:00h a 00:00h / Sábado - 12:00h a 00:00h / Domingo e Feriado - 12:00h a 18:00h
http://www.cachambeer.com.br/
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